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2868302 Angiologia e Cirurgia Vascular 2014 7 Pages PDF
Abstract

ResumoObjetivoCaraterizar o síndrome pós‐trombótico e a qualidade de vida em doentes com antecedentes de trombose venosa profunda (TVP) ilio‐femoral, possíveis candidatos a trombólise dirigida por cateter na altura do diagnóstico.Material e métodosRevisão retrospetiva dos processos clínicos dos doentes com o diagnóstico de TVP ilio‐femoral de 1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2013. Seleção dos doentes de acordo com os critérios consensualmente aceites para trombólise dirigida por cateter na altura do diagnóstico. Entrevista clínica, realização de eco‐Doppler venoso dos membros inferiores com preenchimento da escala Villalta e dos questionários SF‐36 e VEINES‐QOL/Sym.ResultadosDurante este período foram observados, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, 369 doentes com TVP dos membros inferiores. Destas, 39 envolviam o sector ilio‐femoral em doentes potencialmente candidatos a trombólise dirigida por cateter. Compareceram à convocatória 28 doentes, sendo 85,7% do sexo feminino. Sessenta e quatro por cento dos doentes usava regularmente meia elástica de contenção. Quarenta por cento dos doentes apresentavam um fator de trombofilia. Mais de 80% evidenciava alterações ao eco‐Doppler, sendo que 46% mantinha oclusão venosa e 36% refluxo ilio‐femoral. Do total dos doentes avaliados, 21% apresentava insuficiência femoro‐poplítea. Cerca de 90% dos doentes evidenciava síndrome pós‐trombótica, sendo grave em 18%. A qualidade de vida global, representada pelo estado geral de saúde, foi classificada como má em 43% dos doentes. A vitalidade e a saúde mental foram os domínios mais negativamente influenciados. Na análise estatística, os doentes com piores pontuações nos questionários de qualidade de vida foram os com síndrome pós‐trombótica, as mulheres, os doentes com trombose no membro inferior direito, com refluxo ≥ 2 segundos, com insuficiência distal ao segmento envolvido pela TVP e quando a mesma foi diagnosticada no primeiro mês após um procedimento cirúrgico.ConclusãoNeste estudo verificamos uma elevada frequência de síndrome pós‐trombótica e a uma diminuição significativa da qualidade de vida. Um subgrupo de doentes apresentou resultados particularmente preocupantes. Estes resultados sugerem que deverá ser considerado um tratamento invasivo alternativo à opção conservadora habitual. Contudo, serão necessários dados suplementares para definir a influência da trombólise dirigida por cateter na qualidade de vida destes doentes.

AimDefine post‐thrombotic syndrome and quality of life in patients with a history of ilio‐femoral venous thrombosis, possible candidates for catheter‐directed thrombolysis at time of diagnosis.Material and methodsRetrospective review of clinical records of patients diagnosed with ilio‐femoral venous thrombosis from January 1, 2009 to December 31, 2013. Selection of patients according to consensually accepted criteria for catheter‐directed thrombolysis, at time of diagnosis. Patients were summoned for clinical interview, venous ultrasound examination of the lower limbs and filling of the Villalta, the SF‐36 and the VEINES‐QOL/Sym questionnaires.ResultsIn Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, from January 1, 2009 to December 31, 2013, 369 patients with deep venous thrombosis of the lower limbs were observed. Of these, 39 involved the ilio‐femoral veins, in patients potentially candidates for catheter‐directed thrombolysis. 28 patients were evaluated, 85.7% female. 64% of patients regularly wore elastic stockings. 40% of patients had a thrombophilia. Over 80% showed changes in the ultrasound examination, 46% had venous occlusion and 36% ilio‐femoral reflux. 21% of patients had femoral‐popliteal reflux. About 90% of patients showed post‐thrombotic syndrome, being severe in 18%. The overall quality of life, represented by the general state of health, was classified as poor in 43% of patients. The vitality and mental health were the most adversely affected domains. In the statistical analysis, patients with worse outcomes in the questionnaires of quality of life were the ones with post‐thrombotic syndrome, the women, patients with DVT in the right leg, with reflux ≥ 2 seconds, with distal reflux to the segment involved by the thrombosis and when the DVT was diagnosed in the first month after a surgical procedure.ConclusionThe patients of this study, with ilio‐femoral venous thrombosis, had a high frequency of post‐thrombotic syndrome and a significant reduction in the quality of life. A subset of patients experienced worse outcomes. These results suggest that an invasive alternative should be considered in the initial treatment of proximal DVT. However, additional data are needed to precisely define the influence of catheter‐directed thrombolysis in the quality of life of these patients.

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Health Sciences Medicine and Dentistry Cardiology and Cardiovascular Medicine
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