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4213772 Revista Portuguesa de Pneumologia 2013 8 Pages PDF
Abstract

ResumoIntroduçãoA doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) apresenta um impacto crescente a nível mundial. Devido ao seu impacto sistémico, e porque constitui um importante fator de risco para outras comorbilidades crónicas, a DPOC não pode já ser considerada uma doença com envolvimento exclusivamente pulmonar.ObjetivoDeterminar a frequência das comorbilidades em doentes com DPOC que são submetidos a um programa de reabilitação respiratória (PRR) e avaliar a influência das suas características basais, bem como das suas comorbilidades nos resultados do PRR.MétodosO presente estudo incluiu todos os doentes com DPOC que foram admitidos na Unidade de Reabilitação Respiratória para um PRR. A resposta à reabilitação respiratória (RR) foi avaliada pela melhoria na tolerância ao exercício (prova de marcha de 6 min), na dispneia (índice de dispneia de Mahler) e na qualidade de vida relacionada com a saúde (questionário respiratório de St. George).ResultadosForam incluídos 114 doentes com DPOC. A maioria dos doentes (96,5%) tinha pelo menos uma comorbilidade. As doenças metabólicas (71,1%), as doenças cardiovasculares (67,5%), outras patologias respiratórias (57,9%) e a ansiedade/depressão (21,1%) foram as mais prevalentes. Apresentaram melhoria na tolerância ao exercício, na qualidade de vida e na dispneia, respetivamente, 64,9, 64,9 e 51,1% dos doentes.A globalidade dos resultados foi semelhante em todos os estadios da DPOC e em todos os subgrupos de comorbilidades. A análise por regressão logística demonstrou que a insuficiência respiratória e a doença coronária influenciaram negativamente a melhoria na qualidade de vida relacionada com a saúde, e que a ansiedade/depressão se relacionou com uma melhoria menos acentuada da dispneia.ConclusãoA RR proporcionou melhoria nos doentes de todos os subgrupos de comorbilidades, salientando o papel fundamental do treino de exercício na reabilitação das doenças crónicas associadas à DPOC. Por outro lado, a presença de comorbilidades em doentes com DPOC, se clinicamente controladas, não deve impedir a sua inclusão na RR.

BackgroundChronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) represents an increasing burden worldwide. COPD can no longer be considered a disease which only involves the lungs, its systemic consequences make it an important risk factor for other chronic comorbidities.AimTo determine the frequency of comorbidities in patients with COPD undergoing a pulmonary rehabilitation program (PRP) and to evaluate the influence of baseline characteristics as well as comorbidities on the outcomes of PRP.MethodsThe present study included all COPD patients that were admitted to a PRP in our unit. The response to PR was measured by the improvement in exercise tolerance (6 minute walk test), dyspnea (Mahler's Dyspnea Index) and health status (St. George's Respiratory Questionnaire).Results114 patients with COPD were included. Most patients (96,5%) had at least one comorbidity. Metabolic diseases (71.1%), cardiovascular diseases (67.5%), other respiratory conditions (57.9%) and anxiety/depression (21.1%) were the most prevalent ones. 64.9%, 64.9% and 51.1% of the patients improved in terms of exercise tolerance, quality of life and dyspnea, respectively.The overall results were similar in all levels of the disease and in all comorbid subgroups. Logistic regression analysis showed that respiratory failure and ischemic heart disease negatively influenced improvement in health status and anxiety/depression predicted lower improvement in dyspnea.ConclusionPR was associated with improvements in all comorbid subgroups of patients, underlining the important role of exercise training in rehabilitation of those chronic diseases associated with COPD. On the other hand, the presence of comorbidities in COPD patients, if clinically controlled, should not preclude access to PR.

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