Article ID | Journal | Published Year | Pages | File Type |
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4267441 | Acta Urológica Portuguesa | 2016 | 6 Pages |
ResumoIntroduçãoA vasta maioria das massas testiculares são tumores malignos de células germinativas. O tratamento standard deste tipo de neoplasias é a orquidectomia radical. No entanto, a cirurgia conservadora do testículo (CCT) pode constituir uma alternativa à cirurgia radical em casos selecionados, nomeadamente em doentes com pequenas massas testiculares (PMT), sem compromisso oncológico e com melhores resultados funcionais.ObjetivoOs autores efetuaram uma revisão das indicações atuais para realização de cirurgia testicular conservadora de órgão, bem como dos resultados funcionais e oncológicos da mesma.Material e métodosProcedeu‐se a uma pesquisa bibliográfica na base de dados Medline (PubMed) utilizando as palavras‐chave: «testis sparing surgery», «partial orchiectomy», «testis tumor», «small testicular mass/tumor». A pesquisa foi limitada a artigos em inglês, publicados entre 2010‐2015. A bibliografia dos artigos selecionados, assim como as diretrizes das principais associações médicas de urologia e oncologia sobre tumor do testículo foram também analisadas.ResultadosNão foram encontrados ensaios randomizados e controlados, ou com elevado nível de evidência, que comparassem a CCT com a orquidectomia radical. As indicações para a CCT são controversas, particularmente em doentes com testículo contralateral normal. Atualmente, a cirurgia conservadora é uma opção terapêutica em doentes com PMT (com < 20 mm de maior eixo), com tumores bilaterais ou em testículo único. O exame extemporâneo assume um papel decisivo na execução da técnica, uma vez que permite a destrinça entre neoplasias malignas e benignas, bem como a avaliação das margens cirúrgicas. Os resultados do seguimento a médio e longo prazo dos estudos retrospetivos analisados não revelaram risco significativo de recorrências locais e/ou à distância.ConclusãoA CCT pode ser adotada de forma segura no tratamento de casos selecionados. Para tornar a cirurgia conservadora uma verdadeira alternativa à cirurgia radical, bem como para avaliar a segurança oncológica e as reais vantagens funcionais da preservação da gónada, são necessários estudos prospetivos multicêntricos e com elevado nível de evidência.
IntroductionMalignant germ cell tumors represent the majority of testicular masses; according to current knowledge, radical orchiectomy remains the standard of care in the management of this type of cancer. However, testis‐sparing surgery (TSS) can be an alternative to radical surgery in selected cases, particularly in patients with small testicular masses (STM).ObjectiveThe authors conducted a review of the current indications for performing testicular sparing surgery as well as functional and oncological results of it.Material and methodsWe conducted a literature search in Medline database (PubMed) using the keywords: “testis sparing surgery”, “partial orchiectomy”, ‘testis tumor’, ‘small testicular mass/tumor’. The search was limited to article in English language, published from 2010 to the current date.Resultsrandomized controlled trials/studies with high level of evidence that compare TSS with radical orchiectomy were not found. Indications for TSS are still controversial, particularly in patients with normal contralateral testis. The organ sparing surgery seems a viable therapeutic option for patients with small non‐palpable testicular mass (with < 20 mm major axis), bilateral tumors or single testicle. The frozen section examination plays a decisive role in the technique, since it allows the distinction between malignant and benign neoplasms, as well as assessing the status of surgical margins. The medium and long follow‐up results of the analyzed retrospective studies revealed no significant risk of local and/or distant relapses.ConclusionRegarding the testis, the organ‐sparing surgery can be adopted safely in the treatment of selected cases. Prospective multicentric and high level of evidence studies are needed in order for TSS become a real alternative to radical surgery, as well to evaluate the oncological safety and real functional benefits of preserving the testis.