Article ID Journal Published Year Pages File Type
1125621 Revista Portuguesa de Cardiologia 2015 10 Pages PDF
Abstract

ResumoIntroduçãoA insuficiência valvular mitral (IM) é a valvulopatia mais comum e começa agora a ser alvo de abordagens percutâneas. O dispositivo MitraClip é virtualmente o único dispositivo com uma experiência considerável, ultrapassando atualmente as 20 000 implantações.ObjetivoDescrever a experiência inicial da terapêutica percutânea da IM com o dispositivo MitraClip.MétodosDescrevem‐se os primeiros seis casos de MitraClip realizados nesta instituição (idade 58,5 ± 13,1 anos), com IM 4 + de etiologia funcional e insuficiência cardíaca classe III ou IV (n = 3) da New York Heart Association (NYHA), sem indicação cirúrgica ou recusados para cirurgia, com um follow‐up médio 290 ± 145 dias avaliado clinicamente pela sobrevivência, classe funcional, teste da marcha dos seis minutos, estudo ecocardiográfico e determinação do proBNP.ResultadosO sucesso do procedimento (IM ≤ 2 +) foi de 100%, com um tempo de procedimento de 115,8 ± 23,7 mins, sem intercorrências intra‐hospitalares, alta entre o 4.° e 8.° dia e uma melhoria consistente no teste da marcha dos seis minutos (329,8 ± 98,42 versus 385,3 ± 106,95 m) e da classe funcional (três dos pacientes com melhoria de duas classes funcionais NYHA). Na totalidade do follow‐up (290 ± 145 dias) constatam‐se dois óbitos, em dois dos quatro pacientes que tinham sido considerados para transplantação cardíaca.ConclusõesO procedimento de implantação do dispositivo MitraClip é seguro, com uma alta taxa de sucesso imediato nos pacientes com IM funcional. A médio prazo o benefício clínico parece esbater‐se ou anular‐se nos pacientes com insuficiência cardíaca mais terminal, nomeadamente nos pacientes a aguardar ou recusados para transplante.

IntroductionMitral regurgitation (MR) is the most common valvular disease and has recently become the target of a number of percutaneous approaches. The MitraClip is virtually the only device for which there is considerable experience, with more than 20 000 procedures performed worldwide.ObjectiveTo describe our initial experience of the percutaneous treatment of MR with the MitraClip device.MethodsWe describe the first six MitraClip cases performed in this institution (mean age 58.5±13.1 years), with functional MR grade 4+ and New York Heart Association (NYHA) heart failure class III or IV (n=3), with a mean follow‐up of 290±145 days.ResultsProcedural success (MR ≤2+) was 100%. Total procedure time was 115.8±23.7 min, with no in‐hospital adverse events and discharge between the fourth and eighth day, and consistent improvement in the six‐minute walk test (329.8±98.42 vs. 385.33±106.95 m) and in NYHA class (three patients improved by two NYHA classes). During follow‐up there were two deaths, in two of the four patients who had been initially considered for heart transplantation.ConclusionIn patients with functional MR the MitraClip procedure is safe, with both a high implantation and immediate in‐hospital success rate. A longer follow‐up suggests that the clinical benefit decreases or disappears completely in patients with more advanced heart disease, namely those denied transplantation or on the heart transplant waiting list.

Related Topics
Health Sciences Medicine and Dentistry Cardiology and Cardiovascular Medicine
Authors
, , , , , , ,