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1126085 Revista Portuguesa de Cardiologia 2014 9 Pages PDF
Abstract

ResumoO diagnóstico correto de taquicardia de complexos largos permanece um desafio. A sua diferenciação entre taquicardia supraventricular e taquicardia ventricular tem grandes implicações terapêuticas e prognósticas e, embora alguns dados na história clínica e no exame físico nos possam sugerir uma determinada origem, é o eletrocardiograma de 12 derivações que permite habitualmente essa diferenciação.Desde 1978, diversos critérios eletrocardiográficos têm sido propostos para o diagnóstico diferencial das taquicardias de complexos largos, nomeadamente a presença de dissociação aurículo‐ventricular e a duração, o eixo e a morfologia dos complexos QRS. Apesar da grande diversidade de critérios, o diagnóstico revela‐se frequentemente difícil, originando erros com consequências gravosas. Para diminuir a probabilidade de erros foram introduzidos desde 1991 vários algoritmos de diagnóstico diferencial. Contudo, apesar de os vários critérios e algoritmos de diagnóstico, continua a existir uma pequena percentagem de taquicardias de QRS largos que mantêm um diagnóstico incerto e em que o mais sensato é tratar como se fossem taquicardias ventriculares.O objetivo dos autores foi rever os principais critérios e algoritmos eletrocardiográficos de diagnóstico diferencial de uma taquicardia de QRS largos.

Correct diagnosis in wide QRS complex tachycardia remains a challenge. Differential diagnosis between ventricular and supraventricular tachycardia has important therapeutic and prognostic implications, and although data from clinical history and physical examination may suggest a particular origin, it is the 12‐lead surface electrocardiogram that usually enables this differentiation.Since 1978, various electrocardiographic criteria have been proposed for the differential diagnosis of wide complex tachycardias, particularly the presence of atrioventricular dissociation, and the axis, duration and morphology of QRS complexes. Despite the wide variety of criteria, diagnosis is still often difficult, and errors can have serious consequences. To reduce such errors, several differential diagnosis algorithms have been proposed since 1991. However, in a small percentage of wide QRS tachycardias the diagnosis remains uncertain and in these the wisest decision is to treat them as ventricular tachycardias.The authors’ objective was to review the main electrocardiographic criteria and differential diagnosis algorithms of wide QRS tachycardia.

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