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1126514 Revista Portuguesa de Cardiologia 2011 6 Pages PDF
Abstract

ResumoIntroduçãoA terapêutica de ressincronização cardíaca (TRC) tem benefícios significativos em doentes seleccionados. O impacto desta modalidade na incidência de taquidisritmias ventriculares permanece controverso. Analisámos a ocorrência de terapêuticas apropriadas em doentes submetidos a TRC combinada com cardioversor-desfibrilhador (CDI).MétodosEstudo de 123 doentes com fracção de ejecção ventricular esquerda (FEVE) < 35%, submetidos a implantação com sucesso de TRC-CDI ou CDI isoladamente (prevenção primária).ResultadosIdade média foi 63 ± 12 anos, FEVE de 25 ± 6%, seguimento mediano de 372 dias. Implantou-se TRC-CDI em 63 doentes (grupo A) e CDI isoladamente em 60 doentes (grupo B). No grupo A tivemos 86% de respondedores clínicos, menor prevalência de miocardiopatia isquémica (30% versus 72%), e mais doentes em classe III da NYHA antes da implantação do dispositivo (90% versus 7%) comparativamente com o grupo com CDI isoladamente. Não se identificaram diferenças relativamente à incidência de terapêuticas apropriadas (19% versus 12%) ou no tempo para a primeira terapêutica (305 dias versus 293 dias). A mortalidade total foi de 11% no grupo A e de 12% no grupo B. As curvas de Kaplan-Meier para eventos arrítmicos em doentes com TRC, não mostraram diferenças significativas (HR 3,02, IC 95% 0,82-11,09, p = NS) comparativamente com doentes sem TRC.ConclusõesEm doente submetidos a TRC-CDI por prevenção primária, apesar da elevada taxa de respondedores, a incidência de terapêuticas apropriadas não foi diferente do obtido em doentes com CDI isoladamente.

BackgroundCardiac resynchronization therapy (CRT) has significant benefits in selected patients (P). The impact of this modality in the incidence of ventricular tachyarrhythmias remains controversial. We analysed the occurrence of appropriate therapies in P submitted to CRT combined with a cardioverter-defibrillator (ICD).MethodsStudy of 123 P with left ventricular ejection fraction (LVEF) <35%, submitted to successful implantation of CRT-ICD or ICD alone (primary prevention).ResultsMean age was 63±12 years, LVEF of 25±6%, median follow-up of 372 days. CRT-ICD implanted in 63P (group A) and ICD alone in 60P (group B). Group A has 86% of clinical responders, lower prevalence of ischemic cardiomyopathy (30% vs. 72%), and more P in class III of the NYHA before device implantation (90% vs. 7%) compared with ICD alone patients. There were no differences in the incidence of appropriate therapies (19% vs. 12%) or in the time for first therapy (305 days vs. 293 days). Total mortality was 11% in group A and 12% in group B. Kaplan-Meier curves for arrhythmic events in patients with CRT showed no significant differences (HR 3.02, 95% CI 0.82 – 11.09, p=NS) when compared to patients without CRT.ConclusionsIn P submitted to CRT-ICD for primary prevention, despite a higher rate of responders, the incidence of appropriate therapies is not different from those with an ICD alone.

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Authors
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