Article ID Journal Published Year Pages File Type
1126639 Revista Portuguesa de Cardiologia 2012 6 Pages PDF
Abstract

ResumoIntroduçãoA intervenção coronária percutânea (ICP) de lesões gravemente calcificadas constitui um desafio para o cardiologista de intervenção, estando associada a maior taxa de reestenose e necessidade de reintervenção na lesão alvo. A preparação adequada das lesões pela técnica de aterectomia rotacional (AR), seguida da colocação de stent farmacoativo, tem demonstrado resultados favoráveis.ObjectivoReportar a experiência recente do nosso centro na utilização de AR para o tratamento de lesões coronárias complexas e calcificadas.Material e métodosAnalisámos retrospetivamente uma série de doentes consecutivos submetidos a ICP com recurso a AR no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010. Foram incluídos 42 doentes (dts), dos quais 65% tinham sido recusados para cirurgia por apresentarem múltiplas comorbilidades ou anatomia coronária desfavorável. A AR foi realizada utilizando o sistema Rotablator® da Boston Scientific. O procedimento foi realizado ad-hoc em 50% dos casos e utilizou-se a via radial em 35% dos doentes. Foi avaliada a ocorrência de eventos no pós-procedimento imediato e realizado follow-up (FUP) com avaliação de eventos cardiovasculares major após a alta hospitalar – morte cardiovascular (MCV), enfarte agudo do miocárdio, reintervenção na lesão alvo (RLA) e recorrência de angina (RA).ResultadosDe um total de 1650 ICP realizadas durante um período de 23 meses desde Janeiro de 2009, 42 (2,5%) envolveram a técnica de AR. Num total de 42 doentes submetidos a AR (70,3 ± ,1 anos, 67% homens, 55% de diabéticos), 3 apresentavam doença (DC) de tronco comum (TC), 6 dts DC de 3 vasos, 18 dts DC de 2 vasos e 15 dts DC de um vaso. As lesões tratadas (71% > 20 mm) classificaram-se como tipo C em 69% e oclusão total crónica em 4%. Intervencionou-se a descendente anterior em 56% dos casos. Utilizou-se uma média de 1,3 olivas por lesão e implantaram-se no total 69 stents, 81% dos quais eram farmacoativos. Verificou-se RA em 3 dts, RLA em apenas um dt e MCV em 2 dts. Em 83% dos doentes verificou-se melhoria da classe funcional.ConclusãoA utilização da AR na ICP de lesões gravemente calcificadas, seguida de colocação de stent, é um procedimento seguro e com uma elevada taxa de sucesso, permitindo a revascularização coronária a um maior número de doentes.

IntroductionPercutaneous coronary intervention (PCI) of heavily calcified lesions is a challenge for the interventional cardiologist and is associated with a high rate of restenosis and target lesion revascularization (TLR). Adequate lesion preparation by rotational atherectomy followed by drug-eluting stent implantation has shown favorable results.ObjectiveTo report the recent experience of our center with rotational atherectomy (RA) of complex and heavily calcified coronary lesions.MethodsWe retrospectively analyzed consecutive patients who underwent PCI with RA in our center between January 2009 and December 2010. A total of 42 patients were included, 65% of whom had been previously refused for coronary artery bypass grafting due to unfavorable coronary anatomy or high surgical risk. RA was performed using the standard Boston Scientific Rotablator® system. The procedure was performed ad-hoc in 50% of patients and transradial access was used in 35%. Data were collected on immediate post-procedural events and major cardiac events during follow-up – cardiovascular death, myocardial infarction, TLR and recurrent angina.ResultsOf 1650 PCIs performed in a 23-month period from January 2009, 42 (2.5%) involved RA, a total of 42 patients (mean age 70.3±10.1 years, 67% male, 55% diabetic), three of whom had left main disease, six had three-vessel disease, 18 had two-vessel disease and the other 15 had single-vessel disease. Of the lesions treated, 71% were >20 mm long and classified in 69% of cases as type C according to the ACC/AHA lesion classification, 4% being chronic total occlusions. The left anterior descending artery was treated in 56% of the procedures. The mean number of burrs used per lesion was 1.3 and a total of 69 stents were implanted, 81% of which were drug-eluting. During follow-up three patients had recurrent angina, one required TLR and two died due to a cardiovascular event. There was significant clinical improvement in 83% of patients.ConclusionsThis study demonstrates that rotational atherectomy followed by stenting in heavily calcified lesions can nowadays be performed with high success rates and few complications, extending the possibility of coronary revascularization to a greater number of patients.

Related Topics
Health Sciences Medicine and Dentistry Cardiology and Cardiovascular Medicine
Authors
, , , , , ,