Article ID | Journal | Published Year | Pages | File Type |
---|---|---|---|---|
5126495 | Revista Portuguesa de Cardiologia | 2017 | 11 Pages |
ResumoIntroduçãoA miocardiopatia hipertrófica (MCH) é uma patologia com transmissão essencialmente autossómica dominante, expressão clÃnica variável e penetrância incompleta. O rastreio familiar tem por objetivo identificar a ocorrência ou o risco de desenvolvimento da doença nos parentes em primeiro grau do caso Ãndex. As normas de orientação da ESC e da ACCF/AHA recomendam a avaliação dos familiares em idade pediátrica a partir dos 10â12 anos.ObjetivosAvaliaramâse os resultados de um programa de rastreio pediátrico de MCH familiar e o valor preditivo do estudo genético nexte contexto. Foi ainda aferida a penetrância fenotÃpica ao longo do tempo de seguimento destas crianças.Métodos e resultadosForam incluÃdas 20 crianças pertencentes a dez famÃlias (2004â2013). Três das crianças constituÃramâse como o caso Ãndex, sendo as restantes parentes em primeiro grau de um doente com MCH (80% sexo masculino; idade mediana = 10 anos). Catorze crianças eram portadoras de mutação de um gene sarcomérico (70%; idade mediana = 8 anos). Sete (50%) dos 14 portadores de mutação apresentavam fenótipo positivo na primeira avaliação.Foram definidos como «familiares em risco» aqueles com teste genético positivo, mas com fenótipo normal à apresentação. Após 3,5 ± 0,8 anos de seguimento, duas das crianças fenótipo negativo portadoras de mutação (gene MYBPC3) desenvolveram MCH, aos dez e 15 anos de idade (28% de taxa de penetrância).ConclusõesA penetrância de MCH em crianças com fenótipo normal à apresentação foi de 28% após 3,5 anos de seguimento. Tal sublinha a importância da avaliação longitudinal dos portadores de mutação de genes sarcoméricos, independentemente da presença de fenótipo patológico.
IntroductionHypertrophic cardiomyopathy (HCM) is most often of autosomal dominant inheritance with incomplete penetrance and variable expression. The main purpose of family screening is to identify relatives with unrecognized HCM and to monitor those at risk for disease, in order to minimize complications and to assess risk of sudden cardiac death. The ESC and ACCF/AHA guidelines on the diagnosis and management of HCM recommend the screening of child relatives from the age of 10â12 years.ObjectivesWe studied the outcome of clinical screening and genetic testing of child probands and relatives (<18 years of age) from families with HCM and assessed the ageârelated penetrance of HCM during the followâup of these young relatives.Methods and ResultsTwenty patients from ten families were included between 2004 and 2013, consisting of three probands and 17 firstâdegree relatives (80% male; median age 10 years). Fourteen child relatives were mutation carriers (70%; median age eight years). Seven (50%) of the 14 mutation carriers were diagnosed with HCM at initial assessment. Atârisk child relatives were defined as those with a positive mutation but a negative phenotype at enrollment.After 3.5±0.8 years of followâup, two of the phenotypeânegative mutation carriers developed HCM at 10 and 15 years of age (28% penetrance rate).ConclusionsThe penetrance of HCM in phenotypeânegative child relatives was 28% after 3.5 years of followâup. This underlines the need for longâterm monitoring of mutation carriers irrespective of the presence of a positive phenotype.