Article ID Journal Published Year Pages File Type
5126520 Revista Portuguesa de Cardiologia 2017 11 Pages PDF
Abstract

ResumoIntrodução e objetivosA prevalência da hipertensão arterial em Portugal situa‐se entre 29,1 e 42,2%. Estudos internacionais revelam que 13% são mascaradas e 13% dos diagnósticos baseados na pressão arterial medida no consultório são hipertensão bata‐branca. Métodos de medição da pressão arterial mais sensíveis e específicos podem evitar custos associados a erros de diagnóstico. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sobre a relação custo‐efetividade da monitorização ambulatória da pressão arterial (MAPA) comparativamente a outros métodos na abordagem da hipertensão arterial.MétodosRealizou‐se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados CMA Infobase, Guidelines Finder, NGC, Bandolier, Clinical Evidence, Cochrane Library, DARE, Medline, Trip Database, SumSearch e Índex das Revistas Médicas Portuguesas. Pesquisaram‐se artigos publicados entre janeiro de 2005 e agosto de 2015 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, usando os termos MeSH «Hypertension», «Blood Pressure Monitoring, Ambulatory» e «Cost‐Benefit Analysis» e os DeCS «Hipertensão», «Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial» e «Análise Custo‐Benefício». Atribuíram‐se níveis de evidência e força de recomendação segundo a escala da Oxford Centre for Evidence‐Based Medicine.ResultadosForam identificados 525 artigos. Incluíram‐se cinco estudos originais e uma norma de orientação clínica. Todos relatam que a MAPA é a mais custo‐efetiva. Dois associam‐na a melhor controlo da pressão arterial. Um estudo português mostrou uma economização de 23%.ConclusõesA evidência revela que a MAPA é custo‐efetiva, evitando iatrogenia e gastos com tratamento (força de recomendação B). Os estudos incluídos constituem uma base sólida, mas impõe‐se reprodutibilidade em estudos não fundamentados maioritariamente em modelos analíticos.

Introduction and ObjectivesThe prevalence of hypertension in Portugal is between 29.1% and 42.2%. International studies show that 13% of individuals have masked hypertension and 13% of diagnoses based on office blood pressure measurements are in fact white coat hypertension. More sensitive and specific blood pressure measuring methods could avoid costs associated with misdiagnosis. The aim of this study was to review the cost‐effectiveness of ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) compared to other methods in the management of hypertension.MethodsWe performed a literature search in CMA Infobase, Guidelines Finder, National Guideline Clearinghouse, Bandolier, BMJ Clinical Evidence, the Cochrane Library, DARE, Medline, the Trip Database, SUMSearch and Índex das Revistas Médicas Portuguesas. We researched articles published between January 2005 and August 2015 in Portuguese, English and Spanish, using the MeSH terms “Hypertension”, “Blood Pressure Monitoring, Ambulatory” and “Cost‐Benefit Analysis” and the Portuguese search terms “Hipertensão”, “Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial” and “Análise Custo‐Benefício”. Levels of evidence and grades of recommendation were attributed according to the Oxford Centre for Evidence‐Based Medicine scale.ResultsFive hundred and twenty‐five articles were identified. We included five original studies and one clinical practice guideline. All of them state that ABPM is the most cost‐effective method. Two report better blood pressure control, and a Portuguese study revealed a saving of 23%.ConclusionsThe evidence shows that ABPM is cost‐effective, avoiding iatrogenic effects and reducing expenditure on treatment (grade of recommendation B). The included studies provide a solid basis, but further evidence of reproducibility is needed in research that is not based mainly on analytical models.

Related Topics
Health Sciences Medicine and Dentistry Cardiology and Cardiovascular Medicine
Authors
, ,