Article ID | Journal | Published Year | Pages | File Type |
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7437085 | REGE - Revista de Gestão | 2017 | 11 Pages |
Abstract
O campo “Diversidade nas Organizações” concentra estudos sobre vivências de grupos diferentes do trabalhador arquetÃpico homem, branco, heterossexual, cisgênero, capacitado, ocidental. Analisando-se os estudos sobre as relações de gênero, contudo, percebe-se sua concentração na dinâmica entre homens e mulheres e em paÃses ocidentais desenvolvidos. Pessoas transgêneras são pessoas cuja identidade e/ou expressão de gênero difere do esperado socialmente a partir de seu corpo, rompendo com a lógica heteronormativa. No Brasil, onde apenas os corpos dentro desse discurso são legÃtimos, esse grupo é sistematicamente excluÃdo de diversos espaços, incluindo o mercado de trabalho formal. Assim, temos que as vivências dessas pessoas com e no trabalho são invisibilizadas na teoria e prática da diversidade organizacional. Para explorar essa problemática, este estudo analisa as percepções que a pessoa transgênera mantém sobre suas relações [1] com sua história profissional, [2] com as outras pessoas no ambiente de trabalho e [3] com as polÃticas e práticas da organização. Realizaram-se entrevistas presenciais semiestruturadas com seis pessoas transgêneras que trabalham em organizações. A partir das narrativas obtidas, constatou-se que o nÃvel de passabilidade da pessoa geralmente influencia suas relações e que a ignorância sobre a transgenereidade permeia os três âmbitos de relações. Conclui-se que [1] as relações com o trabalho são marcadas pela restrição de oportunidades; [2] as relações no emprego entregam à pessoa a responsabilidade pela própria inteligibilidade e segurança; e [3] as relações com a organização variam de acordo com a maneira como esta encara a transgenereidade e os sistemas de voz.
Keywords
Related Topics
Social Sciences and Humanities
Business, Management and Accounting
Strategy and Management
Authors
Maria Carolina Baggio,