A closer look at acute heart failure: Putting Portuguese and European data into perspective

Introduction and ObjectivesAcute heart failure (AHF) is a heterogeneous clinical syndrome requiring urgent therapy. The prognosis is poor after the index hospitalization, with a high risk for rehospitalization and early death. The costs of managing AHF are thus increasing rapidly. A literature review was performed to gather and compare data on prevalence and treatment and to identify gaps in AHF management, based on European and Portuguese studies.MethodsA literature search from 1995 to 2014 was conducted in selected databases (BIOSIS Previews, EMBASE and Ovid MEDLINE).Results and DiscussionSeven Portuguese and nine European studies were analyzed. The mean age of AHF patients was ≥65 years and 30–50% were women. Coronary artery disease (42.3% vs. 61.9%) and hypertension (53.3% vs. 76.7%) were identified as primary etiologies in Europe and in Portugal. Similar proportions of heart failure with preserved ejection fraction were found in the Portuguese (19.9–44.7%) and European (32.8–39.1%) studies. Overall, all-cause mortality rates were comparable (six months: 9.3–25.5% vs. 13.5–27.4%; one year: 15.9–31% vs. 17.4–46.5%), as was in-hospital mortality (5.5–14% vs. 3.8–12%) in Portuguese and European studies, respectively. Length of stay was comparable. The studies were performed in very different hospital settings and data on treatment were scarce.ConclusionsGaps were identified in treatment and clinical pathways of patients with AHF. Based on the results of this review, collection and investigation of data on the disease and treatment solutions, training in disease management, and improved organization of healthcare should be the subject of further investment.

ResumoIntrodução e objetivosA insuficiência cardíaca aguda (ICA) é uma síndrome heterogénea que requer intervenção terapêutica urgente. O prognóstico pós-hospitalização é crítico existindo risco aumentado de reospitalização e morte precoce. Consequentemente, os custos da gestão de ICA aumentam exponencialmente. De forma a comparar dados de prevalência e tratamento e identificar lacunas na gestão de ICA, foi realizada uma revisão de literatura.MétodosRealizou-se uma pesquisa bibliográfica entre 1995-2014 recorrendo a termos específicos e bases de dados selecionadas (BIOSIS Previews, EMBASE, Ovid MEDLINE).Resultados e discussãoSete estudos portugueses e nove europeus foram considerados. A idade média foi ≥65 anos, sendo 30-50% mulheres. A etiologia primária, na Europa e em Portugal, foram a doença coronária (42,3-61,9%) e a hipertensão (53,3-76,7%). Doentes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada nos estudos portugueses (19,9-44,7%) e europeus (32,8-39,1%) foram semelhantes. As taxas de mortalidade por todas as causas foram igualmente comparáveis (seis meses: 9,3-25,5% versus 13,5-27,4%; um ano: 15,9-31% versus 17,4-46,5%, assim como a taxa de mortalidade intra-hospitalar (5,5-14% versus 3,8-12%) nos estudos portugueses e europeus, respetivamente. A duração do internamento foi comparável. Os estudos foram realizados em realidades hospitalares distintas. Os dados da gestão farmacológica são limitados.ConclusõesForam identificadas lacunas no tratamento e percurso clínico do doente com ICA. Com base nos resultados desta revisão, a geração e investigação de novos dados sobre a doença e soluções de tratamento, treino na gestão da doença, e melhoria na organização dos cuidados de saúde deverão ser áreas de maior investimento.