Use of statins and serum levels of Prostate Specific Antigen

ObjectivesTo quantify the effect of statins’ use on Prostate Specific Antigen (PSA) levels in patients referred to prostate biopsy and to determinate if the exposure to statins must be considered to improve the prostate cancer diagnostic accuracy of PSA.MethodsWe selected 551 subjects with PSA <10.0 ng/mL, referred to ultrasound guided trans-rectal prostate biopsy and classified as cancer or non-cancer patients after biopsy. Information regarding statins’ use was obtained from clinical records. We used path analysis to quantify the direct (reflects the influence on PSA biology and metabolism) indirect (reflects the influence on PSA through the effect on the risk of prostate cancer) and total effects (net result of direct and indirect effects) of statins’ use on PSA. We used Receiver Operating Characteristic curves to assess the global predictive accuracy of models including PSA, age, body mass index, 5-α-reductase inhibitors, aspirin and statins’ use for distinguishing between prostate cancer and benign conditions.ResultsWe observed a negative total effect of statins on PSA levels (users vs. non-users: −0.633 ng/mL; 95% CI: −1.087; −0.179), which corresponds to approximately 8.9% lower levels among statins’ users, mostly due to the direct effect (−0.588 ng/mL; 95% CI: −1.034, −0.141) rather than that by the indirect effect (−0.045 ng/mL; 95% CI: −0.152, 0.061). There were no statistically significant differences between the area under the curve corresponding to the models with or without statins (P = 0.274).ConclusionIn patients referred to prostate biopsy, statins’ use contributed to lower Prostate Specific Antigen levels, but the clinical impact in these patients is low.

ResumoObjetivosQuantificar o efeito do uso de estatinas nos níveis do antigénio específico da próstata (PSA) em doentes submetidos a biópsia prostática. Determinar se o uso de a estatinas deve ser considerado para melhorar a validade do PSA no diagnóstico de cancro.MétodosSelecionámos 551 doentes com PSA < 10,0 ng/mL, referidos para biópsia prostática e classificados como «cancro» e «não-cancro» após biópsia. A informação relativa ao uso de estatinas obteve-se nos registos clínicos dos doentes. Usámos «path analysis» para quantificar os efeitos direto (reflete a influência na biologia e metabolismo do PSA), indireto (reflete a influência no PSA através do efeito no risco de cancro da próstata) e total (soma dos efeitos direto e indireto) do uso de estatinas nos valores de PSA. Usámos curvas ROC para avaliar a validade de modelos que incluíam os valores de PSA, idade, índice de massa corporal, uso de inibidores da 5-α-reductase, uso de aspirina e estatinas para distinguir entre cancro da próstata ou situações benignas.ResultadosObservámos um efeito total negativo das estatinas nos níveis de PSA (utilizadores vs. não-utilizadores: −0,633 ng/mL; 95% CI: −1,087; −0,179), correspondendo, aproximadamente, a níveis 8,9% menores com estatinas, devido principalmente ao seu efeito direto (−0,588 ng/mL; 95% CI: −1,034, −0,141) em vez do efeito indireto (−0,045 ng/mL; 95% CI: −0,152, 0,061). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as áreas sob a curva dos modelos com e sem estatinas (p = 0,274).ConclusãoNos doentes referidos para biópsia, o uso de estatinas contribuiu para menores valores de PSA; o impacto clínico nestes doentes é baixo.