Characteristics and outcomes of heart failure hospitalization before implementation of a heart failure clinic: The PRECIC study

ObjectiveThis study aims to characterize patients hospitalized for acute heart failure (HF) in an internal medicine department and their one-year mortality and rate of rehospitalization for decompensated HF.MethodsThis retrospective observational study enrolled all patients discharged in 2012 after hospitalization for acute HF. Discharge summaries, clinical records and telephone interviews were analysed. The data reports to the year before implementation of a heart failure clinic.ResultsFour hundred and twenty-nine patients were enrolled, with a mean age of 79 years, 62.5% female. The most prevalent comorbidity and etiology was hypertension (86.7%) and the most frequent decompensation trigger was infection. HF with preserved ejection fraction (HFpEF) was present in 70.5%. In-hospital mortality was 7.9%. At discharge more than half of the patients were prescribed beta-blockers (52.8%) and angiotensin-converting enzyme inhibitors (52%). Women presented a significantly higher proportion of HFpEF than men (75.3% vs. 62.7%, p=0.01). Patients with diabetes and those with ischemic etiology had significantly higher proportions of HF with reduced ejection fraction (HFrEF) (34.8% vs. 24.3% in non-diabetic patients, p=0.027, and 56.2% vs. 15.6% for other etiologies, p<0.001). The HFrEF group were more frequently discharged under beta-blockers and spironolactone (75.2% vs. 46.4% in the HFpEF group, p<0.001 and 31.2% vs. 12.6% in the HFpEF group, p<0.001, respectively). Mortality was 34.3% and rehospitalization for HF was 30.5% in one-year follow-up.ConclusionsThe population characterized is an elderly one, mainly female and with HFpEF. Nearly a third of patients died and/or were rehospitalized in the year following discharge.

ResumoObjetivoCaracterizar os doentes hospitalizados por Insuficiência Cardíaca (IC) aguda num Serviço de Medicina Interna, a mortalidade e rehospitalização por IC no primeiro ano.MétodosEstudo retrospetivo observacional incluindo todos os doentes com alta em 2012 de hospitalização por IC aguda, com base em Notas de Alta, registos clínicos e entrevistas telefónicas. Reporta-se ao ano prévio à implementação de uma clínica de IC.ResultadosIdentificaram-se 429 doentes, com idade média de 79 anos; 62,5% eram mulheres. A comorbilidade e etiologia mais prevalente foi a hipertensão arterial (86,7%) e o fator precipitante mais frequente da descompensação foi a infeção. Verificou-se Fração de Ejeção Preservada (FEp) em 70,5% dos doentes. A mortalidade intra-hospitalar foi 7,9%. À alta, a maioria dos doentes tinha prescrição de betabloqueadores (BB) (52,8%) e inibidores de enzima de conversão da angiotensina (52%). As mulheres apresentaram mais frequentemente FEp do que os homens (75,3% versus 62,7%, p=0,01). Os doentes diabéticos e os com etiologia isquémica apresentaram mais frequentemente Fração de Ejeção Reduzida (FEr) (34,8% versus 24,3% em não diabéticos, p=0,027 e 56,2% versus 15,6% com outras etiologias, p<0,001, respetivamente). No grupo com FEr, os BB e a espironolactona foram mais prescritos à alta (75,2% versus 46,4% no grupo com FEp, p<0,001 e 31,2% versus 12,6% no grupo com FEp, p<0,001, respetivamente). No primeiro ano, a taxa de mortalidade foi 34,3% e de rehospitalização por IC 30,5%.ConclusõesA população estudada é idosa, predominantemente feminina e apresenta IC com FEp. Um terço morreu e/ou foi reinternada no ano seguinte.